quarta-feira, 8 de junho de 2011


Soam trovões,
Caiem tempestades,
Chove, chove sem parar,
Zangam-se os céus,
Rebentam as nuvens,
Escuro, muito escuro,
E,
A tristeza aparece,
Magoadas, choram as flores no campo,
Deixam rolar lágrimas de suas pétalas,
Lágrimas de dor,
Ao longe, escuta-se o grito de um passarinho, em apuros,
Caiu de seu ninho,
Seus filhotes caíram,
Chora o vento quando passa,
Bate nos ramos com força,
Sacudindo a mágoa do tempo,
Ligeiro, bem ligeiro,
Levanta a cabeça o Girassol,
Procurando o Sol,
Que teima em não aparecer,
Ouve-se erguer a brisa,
Que entretanto caira,
Tapando com seu manto,
Os sons da natureza,
Abafados, se esconderam,
O sol resolve aparecer, ligeiro,
Com medo de se mostrar,
Seca com seus raios a terra,
Que em pouco tempo a tempestade fustigou,
O passarinho com esforço tenta levantar a cabeça,
Para a deixar tombar novamente,
De tão cansado que estava,
E não mais se moveu,
As flores quase secas, largaram gotas,
Como que a chorar,
Por uma vida inocente e tão pequenina,
Que se debateu, perante uma tempestade,
Que não deu tréguas, nem aos mais puros e inocentes seres,
O dia escureceu, e a lua veio cobrir com seu luar,
O ser que padeceu, estendendo-se pelo prado,
Que será a morada eterna de uma alma tão pequenina,
Sorri passarinho,
O paraíso te espera,
Quem sabe um dia te farei companhia,
E cantarás em meu ombro quando o dia nascer,
Ai,
Te protegerei da tempestade,
Que não te deixou,
Aprender a viver...

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