sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Triste

Hoje a tristeza invade o meu pensamento,
Sorrio por fora, mas por dentro choro,
Tenho ódio de mim, sinto dor na alma,
Com quem partilho os pensamentos?
Ninguém…
Ninguém para falar, desabafar, encostar a cabeça e chorar…
Ninguém…
Apetece-me escrever, escrever, escrever…
Sem ler, sem saber o que as folhas recebem da minha mão, do meu pensamento…
Não reclamam, não respondem, nem se escondem de mim,
Simplesmente, me escutam em silencio…
Não interessa quem sou, nem o que penso, simplesmente me escutam…
Dou largas à tristeza procurando alegria,
Mas…
Aonde procurar?
Choro, sinto-me distante, de tudo, de todos…
Qual ombro amigo para chorar, quais palavras de afecto…
Aonde choro?
Nas linhas que escrevo…
Nas palavras que ninguém lê.
Choro através das lágrimas da caneta, que vão desenhando palavras que se perdem nas folhas brancas…
Ai, choro e ninguém escuta a dor do meu sorriso…

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Parte 2

Encostas-te teus lábios nos meus, um beijo longo e doce, como nunca sentira, claro que o toque me deixou longo com uma tesão enorme,
Tinhas um corpo quente, delicado, uma pele macia, com um perfume de essência de framboesa, Um beijo que me deixou a caminho das nuvens,
Elevei o braço e percorri o teu corpo, senti os teus mamilos ficarem duros, tesos, reparei que ao meu toque um arrepio te percorria o corpo, fechavas os olhos.
A minha mão percorreu por caminhos desconhecidos, apreciando cada pedacinho de pele por onde passava, ate que parei, como a pedir permissão de entrar em caminhos proibidos, teus olhos piscaram, um sorriso maroto saiu de teus lábios, a permissão estava dada.
Logo os meus dedos percorreram o caminho desejado ate ao fruto proibido, penetrando num local sagrado, com um toque suave, movimentos cadentes e lentos senti-te quente, a escorrer, os teus gemidos baixinhos junto do meu ouvido, punham-me louco, estavas sedenta de carinho, de paixão, os teus olhos não mentiam.
Cont.


terça-feira, 21 de junho de 2011

Cansado, sentei-me a ver o luar,
A noite estava quente, corria uma brisa suave,
Como o toque dos anjos nas nuvens,
Cerro os olhos e sinto o perfume da noite,
Respiro aquela suave brisa com cheiro a solidão,
Sinto passos, alguém que se aproxima,
Pé ante pé, ligeiro,
Sinto um suave aroma a frutas com mistura de canela,
Perfume já conhecido, só não sabia quem,
Viro-me e deparo-me contigo,
Sim contigo, esfreguei os olhos não fosse ter adormecido e estar a sonhar,
Mas não, estava acordado o teu sorriso logo me hipnotizou,
Sentaste-te a meu lado, eu...
Não tinha palavras para aquele momento, momento único, nunca por mim imaginado.
Teus olhos brilhavam, o teu sorriso de menina marota estava presente,
Foi quando senti uma vontade louca de te beijar,
Tinha esquecido o motivo de estar ali, só,
A olhar o infinito, com o céu como pano de fundo e o mar como tapete…
Cont.

quarta-feira, 8 de junho de 2011


Soam trovões,
Caiem tempestades,
Chove, chove sem parar,
Zangam-se os céus,
Rebentam as nuvens,
Escuro, muito escuro,
E,
A tristeza aparece,
Magoadas, choram as flores no campo,
Deixam rolar lágrimas de suas pétalas,
Lágrimas de dor,
Ao longe, escuta-se o grito de um passarinho, em apuros,
Caiu de seu ninho,
Seus filhotes caíram,
Chora o vento quando passa,
Bate nos ramos com força,
Sacudindo a mágoa do tempo,
Ligeiro, bem ligeiro,
Levanta a cabeça o Girassol,
Procurando o Sol,
Que teima em não aparecer,
Ouve-se erguer a brisa,
Que entretanto caira,
Tapando com seu manto,
Os sons da natureza,
Abafados, se esconderam,
O sol resolve aparecer, ligeiro,
Com medo de se mostrar,
Seca com seus raios a terra,
Que em pouco tempo a tempestade fustigou,
O passarinho com esforço tenta levantar a cabeça,
Para a deixar tombar novamente,
De tão cansado que estava,
E não mais se moveu,
As flores quase secas, largaram gotas,
Como que a chorar,
Por uma vida inocente e tão pequenina,
Que se debateu, perante uma tempestade,
Que não deu tréguas, nem aos mais puros e inocentes seres,
O dia escureceu, e a lua veio cobrir com seu luar,
O ser que padeceu, estendendo-se pelo prado,
Que será a morada eterna de uma alma tão pequenina,
Sorri passarinho,
O paraíso te espera,
Quem sabe um dia te farei companhia,
E cantarás em meu ombro quando o dia nascer,
Ai,
Te protegerei da tempestade,
Que não te deixou,
Aprender a viver...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Saudades

Saudades dos tempos de professor,
Quando castigava meninas más.
Saudades do tempo,
Quando a voz e o sorriso me deixavam louco.
Meu Deus,
Quanto tempo já passou...
Deus,
Porque sorri a pomba,
Se à crianças que choram?
Deus,
Porque nasce o sol,
Se o luar me faz feliz?
Deus,
Porque ando eu,
Se aquela criança não tem pernas?
Deus,
Porque uiva o lobo,
Se é livre e pode correr?
Deus,
Se um dia me encontrares caído,
Não ligues, e segue,
Ajuda antes os que estão de pé...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sou aquele que chora,
Quando sorri e ninguém vê.
Sou aquele que ri,
Quando chora sem ninguém saber.
Vejo a luz acesa,
Quando está apagada.
Vejo o sol brilhar quando está a chover.
Mas no meu mundo,
Sou o adeus de quem partiu sem sorrir.
Acalmo a vontade de um dia,
Ser quem possa olhar nos olhos de alguém,
E a faça sorrir.
Sentir o coração,
Quando os olhos piscam e deixam correr uma lágrima,
De alegria sem saber porquê.
Serei um dia alguém,
Que possa sentir a amizade?
Ou serei só a lágrima,
Que se esqueceu de cair,
E secou...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

De Volta...

De volta…
Mas sem o sorriso que se soltou algures entre o paraíso
E o inferno…
Preso no espaço,
No tempo que voa,
O pensamento perdido nas palavras que magoam e…
Sem retorno.
Desculpas que não se pedem mas,
Podem-se evitar.
De volta…
Mas sem brilho,
Sem chama que envolta em névoa, se apagou, se perdeu…
Sem luz para iluminar o caminho,
Que não existe…
De volta…
Sem saber como…
Sabendo só que as lágrimas que rolam,
São pedaços de dor,
Que ardem na sua passagem,
Deixando marcas profundas na alma…
De volta…
Sem saber de onde...
Nem para onde…